"Sobre Mulheres"

Ser mulher é acreditar sempre. É... Seguir em frente quando todos param! Acariciar e dar colo! Dividir-se em muitas sem deixar de ser uma, a mais importante! A mulher acontece, encanta, muda, nasce, floresce, cuida, cria, sente, beija, escuta, vê, brinca, brinca e brinca com a vida... e vive!



O Vinho e a Saúde da Mulher


 O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado a virtuose feminina que o vinho.

Todas as virtudes terapêuticas do vinho para os homens beneficiam também as mulheres. Mas o vinho reserva alguns favores exclusivos para as mulheres. É deles que vou me ocupar aqui. 

As ações benévolas do vinho para a saúde só ocorrem se ele for bebido com moderação, regularmente, junto com as refeições e por quem não tenha contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas. 

Os efeitos benéficos do vinho se devem um pouco ao baixo teor de álcool e muito aos Polifenóis e sua convivência harmônica com outros compostos. 60% dos Polifenóis vêm da semente da uva, 33% da casca, o resto da polpa, pedicelo e madeira. É por isso que, como regra, os vinhos tintos têm mais virtudes para a saúde que os vinhos brancos.

 

O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade dela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama. Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002. Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos dois anos) mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Várias outras pesquisas mostram os mecanismos pelo qual se dá esta proteção: a ação protetora do Resveratrol sobre os receptores estrogênicos da mama; a inibição da alteração do DNA que gera as células cancerosas, bloqueio do crescimento e disseminação destas células e também porque alguns Polifenóis (como a Quercitina) aumentam a apoptose – morte programada – da célula cancerosa. 

As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolverem câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco. 

As mulheres que têm o hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições têm atenuadas as manifestações de climatério e menopausa, foi o que constatou o Dr. Calabrese da Itália. O climatério e a menopausa ocorrem quando o ovário – glândula sexual feminina – entra em falência e diminui muito a produção de estrógeno – o hormônio feminino. O Resveratrol – um dos 200 Polifenóis do vinho – tem uma similaridade estrutural e funcional muito grande com o Estrogênio. Por essa semelhança ele é reconhecido como um fito-estrógeno e age atenuando as manifestações do climatério e menopausa que afligem tantas mulheres no final da vida reprodutiva. 

As mulheres que têm o hábito regular de tomar bebidas alcoólicas custam mais para engravidar. O Dr. Tolstrup e outros pesquisadores demonstraram uma relação direta entre o consumo de bebidas alcoólicas e infertilidade feminina. Mas a equipe do Dr Juhl, estudando 29.844 grávidas na Dinamarca, constatou esta relação apenas para as mulheres que consumiam cerveja e destilados e uma relação inversa para as mulheres que tomavam vinho. Outros estudos mostraram a mesma coisa: mulheres com hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições engravidam mais fácil que as abstêmias e bem mais rápido que as que tomam outros tipos de bebidas alcoólicas. 

A osteoporose é uma condição clínica na qual o osso descalcifica e perde massa – fica poroso. Ela faz parte do processo natural do envelhecimento. Conforme avançamos em idade o nosso esqueleto vai descalcificando e os nossos ossos ficando mais frágeis. A osteoporose ocorre, sobretudo, nas mulheres quando entram na menopausa. A menopausa e a perda de massa óssea ocorrem pela deficiência de estrogênio. Existe um estudo muito bonito feito na França, com 7.598 mulheres com mais de 75 anos de idade que mostrou que as que tinham o hábito regular de tomar até três taças de vinho por dia, junto com as refeições, ganhavam massa óssea, contrariando a História Natural do envelhecimento. Isso acontece porque alguns Polifenóis que existem em abundância no vinho estimulam os osteoblastos – células que formam osso – e inibem o osteoclastos – células que destroem o osso. E também porque o Resveratrol tem uma semelhança estrutural e funcional com o estrogênio – o hormônio feminino que, entre outras coisas, preserva a arquitetura óssea. 

Outra dádiva do vinho para as mulheres é sobre a pele – o órgão que mais expõem as crueldades do envelhecimento. Os Polifenóis do vinho melhoram muito a consistência e a elasticidade da pele, isso porque eles inibem a colagenase e a elastase, duas enzimas que destroem o colágeno e a elastina, responsáveis pela consistência e elasticidade deste órgão do revestimento. Além disso, eles melhoram muito a hidratação e a microcirculação da pele, dando-lhe mais vida. Estes efeitos dos Polifenóis ocorrem tanto se eles forem aplicados direto sobre a pele quanto se ingeridos. E quando aplicados direto na pele e ingeridos, as ações se potencializam. Esse efeito sobre a pele é tão impressionante que hoje existem inúmeros tratamentos de beleza e cosméticos feitos a base de óleo de semente de uva e vinho. 

O governo americano tem uma vigilância muito rígida sobre a saúde do seu povo através dos CDC (Centers for Disease Control). A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias. E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menos Derrame Cerebral e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença. 

A ingestão regular e moderada de vinho diminui a circunferência abdominal tanto em homens como em mulheres, foi a conclusão da pesquisa desenvolvida ao longo de 10 anos pelo Dr Vadstrup e colegas. Estes dados surpreendentes foram extraídos do “Estudo do Coração da Cidade de Copenhagem”. A população desta cidade está sendo observada há vários anos neste grande projeto de pesquisa. A medida da circunferência abdominal, como a medida da Pressão Arterial e do Colesterol sanguíneo, são um determinante de risco para ataques cardíacos e por isso objeto da observação. Quando os pesquisadores foram analisar o perímetro do abdome no grupo de pacientes que tinha o hábito regular de tomar diferentes tipos de bebidas alcoólicas encontraram este instigante dado: os que bebiam vinho diminuíam a circunferência abdominal, ao contrário dos que tomavam cerveja e destilados. Outros estudos, como feito pelo Dr. Yoshikawa mostraram que alguns dos polifenóis, que existem em quantidade apreciável no vinho, destroem gorduras por inibição de enzimas metabolizadoras de gordura como a lipase pancreática, a lipase lipoprotéica e a glicerofosfatodesidrogenase. 

É por isso tudo que eu penso que o vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher.

Dr. Jairo Monson de Souza Filho 

Cuidados femininos, beleza e saúde andam juntas

Os cabelos são formados na derme – a camada média da pele – e devem ser cuidados como qualquer outra parte do corpo para manter a saúde. Além da importância estética, esses fios funcionam como proteção do couro cabeludo contra os traumas e as ações climáticas, como sol, chuva e frio.


Os cabelos são a moldura do rosto feminino, parte expressiva e marcante da personalidade da mulher.

O cuidado com a imagem é fundamental para a apresentação visual mas também para a saúde, o equilíbrio e a harmonia do corpo.





Cabelo bonito é sinal de saúde? 
A resposta é sim. Os fios sedosos e brilhantes podem ser resultado não apenas do cuidado estético, mas do equilíbrio no organismo.

           Vandy Nunes - cabelereiro

Se eu tivesse que escolher uma palavra?


Apenas uma?
Para ser ítem obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos,
reclamar menos,
carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.


Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos e merecemos ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.

Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.
E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes?
Isso sim, faz bem para a pele.
Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia, não importa, e
a ficar em silêncio.
Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até cem antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada, faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias.
Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.
Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza.
Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada.
Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.
Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu.

Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.

A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni.

Mulheres reais são mulheres imperfeitas.

E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.

Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.




Rubem Alves