"Sobre Mulheres"

Ser mulher é acreditar sempre. É... Seguir em frente quando todos param! Acariciar e dar colo! Dividir-se em muitas sem deixar de ser uma, a mais importante! A mulher acontece, encanta, muda, nasce, floresce, cuida, cria, sente, beija, escuta, vê, brinca, brinca e brinca com a vida... e vive!



O que as mulheres esperam do mercado de trabalho


O mercado de trabalho é exigente e busca profissionais engajados e decisivos para os modelos de negócios, cada vez mais sedentos de uma mão de obra criativa que consiga atender as demandas de negócios complexas e apoiadas em altas metas. Apesar deste mercado exigente, os colaboradores estão tendo papel chave nas decisões e mostrando, de fato, o que esperam de suas empresas. Na terceira matéria da série Mulheres no Mercado de Trabalho vamos destacar o que as profissionais buscam na carreira.

Segundo a pesquisa “Empresa Ideal” da Sophia Mind, as mulheres almejam reconhecimento financeiro e qualidade de vida durante a carreira, além disso, 69% das mulheres não possuem preferência entre um chefe homem ou mulher, apesar das diferenças na gestão entre os gêneros. De uma forma geral, as mulheres são mais sensíveis, melhores nas relações pessoais e priorizam o trabalho em equipe. Outra visão das mulheres é que elas brigariam mais pelos direitos dos funcionários da empresa em que trabalha do que os homens, sendo que 66% mulheres acreditam nesta postura de gestão.
“Hoje, as mulheres sabem o que querem e buscam  realizar seus projetos profissionais. A mulher da atualidade planeja seu crescimento profissional, sua transição entre locais de trabalho para atingir seu objetivo. Assim, cada vez mais as mulheres estão a frente de cargos, pessoas e projetos onde a liderança feminina está sendo apontada como a oportunidade de transformação para velhas situações, ou seja, a esperança de que as mulheres façam as coisas mudarem para melhor”, explica Ramy Arany, Co-fundadora do Instituto KVT e KVT Desenvolvimento Empresarial , Terapeuta Comportamental Consciencial.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizou um especial para as mulheres, a forma com que elas estão inseridas no mercado de trabalho é um fator decisivo para os negócios. Na pesquisa, com exceção do trabalho doméstico e da ocupação como militar ou funcionário público estatutário, os homens eram maioria dentro da população ocupada nas diversas formas de inserção. Mesmo diante do predomínio masculino, constatou-se que as diferenças de inserção entre homens e mulheres foram reduzidas em 2011, com as mulheres aumentando sua participação em todas as formas de ocupação.
Em 2003, por exemplo, a proporção de homens com carteira assinada no setor privado era de 62,3%, enquanto a das mulheres era de 37,7% – uma diferença de 24,7 pontos percentuais. Em 2011, essas proporções foram de 59,6% e de 40,4%, fazendo com que essa diferença diminuísse para 19,1 pontos percentuais.



Valores e expectativas das mulheres

Para Marcela Quiroga, gerente de Vendas da Editora Toriba, o trabalho tem que ser realizado com amor e resultante de experiências diferenciadas de vida, como o valor familiar: “busco algo que me diferencie e me faça ser reconhecida como a ‘escritora de uma obra’. Tive a oportunidade de participar de uma coletiva de imprensa com quatro grandes jogadores de futebol do nosso passado e outros quatro grandes campeões mundiais de diferentes clubes na década de 60 e constatei que, se eles deixaram uma marca pessoal fabulosa e influencia a vida de inúmeras pessoas, eu posso deixar um legado positivo de valores, civilidade e humanidade pelo menos para minha filha, assim, me considerarei uma mulher fabulosa”.
As mulheres estão procurando consciência, equilíbrio e serenidade, os grandes desafios na vida profissional. “Consegui compreender a importância de cada área de nossas vidas, faz toda a diferença na hora de organizar a agenda e priorizar os compromissos”, explica Rebeca Toyama, diretora do Jardim do Ser, administradora de empresas, com especializações em comércio exterior, marketing ,psicologia e consultora DISC. Ainda segundo Rebeca, as mulheres buscam do mercado de trabalho, algo além do reconhecimento profissional, algo mais profundo, talvez ainda inconsciente para maioria.
“Algo relacionado a contribuir com a sociedade por meio de seus talentos, virtudes e forças. Que traga satisfação pessoal e seja feito com prazer”, são características que as mulheres buscam, resume.
Uma profissional consciente do que esperar de cada área de sua vida, é muito mais produtiva. Enquanto outra que ainda não tem essa maturidade, dedica-se demais a uma área ou outra, acaba demandando os benefícios de uma área na outra e vice-versa. “Com frequência observamos executivas esperando ser amadas por suas equipes ou gestores, como forma de compensar ausência desse tipo de relação na vida familiar, social ou afetiva”, explica Rebeca.



Ação e comportamento

Atualmente os homens estão muito mais abertos a assumirem a ausência de suas esposas ou companheiras, dividindo com elas a responsabilidade para com os filhos, o trabalho doméstico, compras, entre outros.
“A mulher que quer de fato fazer uma carreira precisa ser flexível, aberta, procurar sempre equilíbrio emocional e falar claramente de suas dificuldades e necessidades para conciliar com a carreira. Penso que os modelos tradicionais de família, casamento, filhos estão mudando, em decorrência disto, os valores precisam se adequar a um novo padrão”, relata Ramy.
De qualquer forma vale lembrar que a qualidade supera a quantidade, por isto, a mulher pode também conciliar carreira e família, colocando isto em prática, transformando o tempo em que tem condições para ficar com a família, em momentos especiais e prazerosos e, assim, se realizar.  “Acho que é necessário que a mulher faça um plano de conciliação de carreira e família. Ainda não vejo isto acontecendo de forma focada, nem as mulheres se preparando emocionalmente para superarem o desafio desta conciliação”, resume Ramy.