"Sobre Mulheres"

Ser mulher é acreditar sempre. É... Seguir em frente quando todos param! Acariciar e dar colo! Dividir-se em muitas sem deixar de ser uma, a mais importante! A mulher acontece, encanta, muda, nasce, floresce, cuida, cria, sente, beija, escuta, vê, brinca, brinca e brinca com a vida... e vive!



O Vinho e a Saúde da Mulher


 O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado a virtuose feminina que o vinho.

Todas as virtudes terapêuticas do vinho para os homens beneficiam também as mulheres. Mas o vinho reserva alguns favores exclusivos para as mulheres. É deles que vou me ocupar aqui. 

As ações benévolas do vinho para a saúde só ocorrem se ele for bebido com moderação, regularmente, junto com as refeições e por quem não tenha contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas. 

Os efeitos benéficos do vinho se devem um pouco ao baixo teor de álcool e muito aos Polifenóis e sua convivência harmônica com outros compostos. 60% dos Polifenóis vêm da semente da uva, 33% da casca, o resto da polpa, pedicelo e madeira. É por isso que, como regra, os vinhos tintos têm mais virtudes para a saúde que os vinhos brancos.

 

O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade dela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama. Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002. Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos dois anos) mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Várias outras pesquisas mostram os mecanismos pelo qual se dá esta proteção: a ação protetora do Resveratrol sobre os receptores estrogênicos da mama; a inibição da alteração do DNA que gera as células cancerosas, bloqueio do crescimento e disseminação destas células e também porque alguns Polifenóis (como a Quercitina) aumentam a apoptose – morte programada – da célula cancerosa. 

As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolverem câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco. 

As mulheres que têm o hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições têm atenuadas as manifestações de climatério e menopausa, foi o que constatou o Dr. Calabrese da Itália. O climatério e a menopausa ocorrem quando o ovário – glândula sexual feminina – entra em falência e diminui muito a produção de estrógeno – o hormônio feminino. O Resveratrol – um dos 200 Polifenóis do vinho – tem uma similaridade estrutural e funcional muito grande com o Estrogênio. Por essa semelhança ele é reconhecido como um fito-estrógeno e age atenuando as manifestações do climatério e menopausa que afligem tantas mulheres no final da vida reprodutiva. 

As mulheres que têm o hábito regular de tomar bebidas alcoólicas custam mais para engravidar. O Dr. Tolstrup e outros pesquisadores demonstraram uma relação direta entre o consumo de bebidas alcoólicas e infertilidade feminina. Mas a equipe do Dr Juhl, estudando 29.844 grávidas na Dinamarca, constatou esta relação apenas para as mulheres que consumiam cerveja e destilados e uma relação inversa para as mulheres que tomavam vinho. Outros estudos mostraram a mesma coisa: mulheres com hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições engravidam mais fácil que as abstêmias e bem mais rápido que as que tomam outros tipos de bebidas alcoólicas. 

A osteoporose é uma condição clínica na qual o osso descalcifica e perde massa – fica poroso. Ela faz parte do processo natural do envelhecimento. Conforme avançamos em idade o nosso esqueleto vai descalcificando e os nossos ossos ficando mais frágeis. A osteoporose ocorre, sobretudo, nas mulheres quando entram na menopausa. A menopausa e a perda de massa óssea ocorrem pela deficiência de estrogênio. Existe um estudo muito bonito feito na França, com 7.598 mulheres com mais de 75 anos de idade que mostrou que as que tinham o hábito regular de tomar até três taças de vinho por dia, junto com as refeições, ganhavam massa óssea, contrariando a História Natural do envelhecimento. Isso acontece porque alguns Polifenóis que existem em abundância no vinho estimulam os osteoblastos – células que formam osso – e inibem o osteoclastos – células que destroem o osso. E também porque o Resveratrol tem uma semelhança estrutural e funcional com o estrogênio – o hormônio feminino que, entre outras coisas, preserva a arquitetura óssea. 

Outra dádiva do vinho para as mulheres é sobre a pele – o órgão que mais expõem as crueldades do envelhecimento. Os Polifenóis do vinho melhoram muito a consistência e a elasticidade da pele, isso porque eles inibem a colagenase e a elastase, duas enzimas que destroem o colágeno e a elastina, responsáveis pela consistência e elasticidade deste órgão do revestimento. Além disso, eles melhoram muito a hidratação e a microcirculação da pele, dando-lhe mais vida. Estes efeitos dos Polifenóis ocorrem tanto se eles forem aplicados direto sobre a pele quanto se ingeridos. E quando aplicados direto na pele e ingeridos, as ações se potencializam. Esse efeito sobre a pele é tão impressionante que hoje existem inúmeros tratamentos de beleza e cosméticos feitos a base de óleo de semente de uva e vinho. 

O governo americano tem uma vigilância muito rígida sobre a saúde do seu povo através dos CDC (Centers for Disease Control). A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias. E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menos Derrame Cerebral e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença. 

A ingestão regular e moderada de vinho diminui a circunferência abdominal tanto em homens como em mulheres, foi a conclusão da pesquisa desenvolvida ao longo de 10 anos pelo Dr Vadstrup e colegas. Estes dados surpreendentes foram extraídos do “Estudo do Coração da Cidade de Copenhagem”. A população desta cidade está sendo observada há vários anos neste grande projeto de pesquisa. A medida da circunferência abdominal, como a medida da Pressão Arterial e do Colesterol sanguíneo, são um determinante de risco para ataques cardíacos e por isso objeto da observação. Quando os pesquisadores foram analisar o perímetro do abdome no grupo de pacientes que tinha o hábito regular de tomar diferentes tipos de bebidas alcoólicas encontraram este instigante dado: os que bebiam vinho diminuíam a circunferência abdominal, ao contrário dos que tomavam cerveja e destilados. Outros estudos, como feito pelo Dr. Yoshikawa mostraram que alguns dos polifenóis, que existem em quantidade apreciável no vinho, destroem gorduras por inibição de enzimas metabolizadoras de gordura como a lipase pancreática, a lipase lipoprotéica e a glicerofosfatodesidrogenase. 

É por isso tudo que eu penso que o vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher.

Dr. Jairo Monson de Souza Filho 

Cuidados femininos, beleza e saúde andam juntas

Os cabelos são formados na derme – a camada média da pele – e devem ser cuidados como qualquer outra parte do corpo para manter a saúde. Além da importância estética, esses fios funcionam como proteção do couro cabeludo contra os traumas e as ações climáticas, como sol, chuva e frio.


Os cabelos são a moldura do rosto feminino, parte expressiva e marcante da personalidade da mulher.

O cuidado com a imagem é fundamental para a apresentação visual mas também para a saúde, o equilíbrio e a harmonia do corpo.





Cabelo bonito é sinal de saúde? 
A resposta é sim. Os fios sedosos e brilhantes podem ser resultado não apenas do cuidado estético, mas do equilíbrio no organismo.

           Vandy Nunes - cabelereiro

Se eu tivesse que escolher uma palavra?


Apenas uma?
Para ser ítem obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos,
reclamar menos,
carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.


Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos e merecemos ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.

Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.
E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes?
Isso sim, faz bem para a pele.
Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia, não importa, e
a ficar em silêncio.
Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até cem antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada, faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias.
Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.
Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza.
Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada.
Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.
Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu.

Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.

A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni.

Mulheres reais são mulheres imperfeitas.

E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.

Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.




Rubem Alves

Mulheres Poderosas - Um Guia de uma Vida de Sucesso para Todas as Mulheres


Muitas pessoas estão falando sobre todas as mudanças que ocorrerão na Terra. No entanto, neste livro inspirador, a autora de best-sellers Louise L. Hay revela que as primeiras mudanças que veremos são as interiores. Ela aponta que quando nós, como mulheres, estivermos dispostas a modificar a nossa base interior, o nosso mundo, iremos operar em um nível muito mais expandido na vida. O objetivo da autora é mostrar que todas as mulheres podem sen¬tir amor-próprio, autovalorização, autoestima e ter uma posição poderosa na sociedade. Com sua maneira inimitavelmente amo¬rosa e franca, ela oferece percepções profundas sobre como as mulheres de todas as idades e de todas as procedências podem alcançar esse objetivo e fazer dos próximos anos os mais produtivos, realizadores e poderosos que já existiram! Descubra o seu poder pessoal, viva bem e seja feliz!

Mulheres Poderosas - Um Guia de uma Vida de Sucesso para Todas as Mulheres

Release: Louise L. Hay é palestrante e pro¬fessora metafísica. Desde que iniciou sua carreira como ministra da Ciência da Mente, em 1981, já ajudou milhões de pessoas a descobrir e a usar todo o seu potencial criativo para o crescimento pessoal e a auto-cura. Ela é conhecida como uma das maiores difusoras do conceito de autoajuda. É uma das autoras mais vendidas da história no mercado editorial em todo o mundo. Em seus livros, propõe que enfermidades físicas geralmente são psicossomáticas. Ela própria conviveu com o câncer (doença que curou sem a ajuda da medicina convencional), e então descobriu definitivamente sua vocação para ensinar às pessoas que esse tipo de enfermidade é um reflexo do padrão de comportamento que o indivíduo emana para o mundo. Então, desenvolveu padrões positivos de pensamen-tos para reverter o avanço das diversas doenças. Começou a viajar pelos Estados Unidos ministrando workshops sobre como amar nós mesmos e curar nossas vidas. Suas obras já foram traduzidas para mais de 25 idiomas em diversos países do mundo e algumas delas integraram a lista dos mais vendidos do The New York Times. Mais de 50 milhões de cópias de seus livros foram vendidas até então mundo afora.

O poder da liderança feminina


Na década de 60, a criação da pílula anticoncepcional foi um grande marco para as mulheres. Com a opção de controlar a fertilidade, a mulher pôde escolher o momento ideal para ingressar no mercado de trabalho em busca de sua independência. Hoje, elas já dominam o meio organizacional e ocupam cada vez mais cargos de liderança nas empresas.

Existem características marcantes no tocante a gestão de profissionais do sexo feminino. Está na natureza das mulheres estarem bem mais atentas aos detalhes das situações, o que faz com que consigam ter uma visão mais ampla da empresa, por exemplo. Isso permite que se comuniquem e negociem com mais tranquilidade e serenidade. As mulheres também administram a jornada dupla de trabalho (cuidar da casa e da carreira), o que reflete na flexibilidade no ambiente corporativo.
Os últimos anos foram marcantes, uma vez que as mulheres aumentaram significantemente a participação em cargos de presidência, diretoria e gerência. No posto de coordenação, por exemplo, já ocupam mais da metade das vagas, com 64% de profissionais (dados do Cadastro Catho, banco de dados da Catho Online com mais de 200 mil companhias):




De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem em torno de quatro milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. “Elas estudam mais, se dedicam mais, e normalmente estão melhor preparadas em processos de seleção. Buscam ser mais transparentes nas dinâmicas e entrevistas. Acredito que estes sejam alguns dos fatores que fazem com que elas estejam ocupando cada vez mais cargos de gestão”, afirma Fernando Elias José, psicólogo e consultor comportamental em empresas.
Ainda está intrínseco na cultura de algumas empresas a discriminação com a mulher, principalmente quando se fala em liderança. Este preconceito vem diminuindo, até por conta dos resultados alcançados pelas profissionais. “Quando assume uma posição de gestão, a mulher combate o preconceito com bastante conhecimento e desenvolvimento de suas atividades”, opina o consultor.
A participação maior do homem na família também é outro fator que contribuiu para a mulher conquistar sua independência. Isto faz parte de uma reestruturação da instituição familiar como um todo, o que fez com que a mulher tivesse o alicerce para poder trabalhar. “A independência das mulheres também foi influenciada pela necessidade que o mercado tem apresentado e o desejo que cada profissional possui de construir uma carreira, investir numa profissão e até mesmo cuidar de seu próprio dinheiro”, conta Alexandre Santille, sócio-diretor do LAB SSJ, consultoria empresarial.

Preparação

A educação pode ser uma das explicações das mulheres estarem conquistando o mercado de trabalho. O último levantamento do IBGE, mostrou que a escolaridade média das pessoas do sexo feminino em áreas urbanas é de 9,2 anos. Já a dos homens não passa de 8,2 anos de estudo.
“No futuro as mulheres estarão lado a lado com os homens nos cargos de gestão. Este processo ainda requer um pouco mais de tempo. Quando as organizações passarem a encarar a diversidade de gênero como um traço de sua cultura e parte da estratégia do negócio, isso deve acontecer”, aponta Santille.


Mulheres: como conciliar o trabalho e a família


Desde que as mulheres se inseriram no mercado de trabalho, é comum nos depararmos com estas profissionais se desdobrando para conciliar a carreira e os cuidados com a casa e a família. A mãe que antigamente parava a carreira para cuidar do filho após a gestação – isso quando trabalhavam, pois muitas eram apenas dedicadas ao lar, hoje tem poucos meses para se adaptar a nova vida e retornar com o mesmo ritmo à empresa em que trabalha.

O importante para estas “super mães”, que estão cada vez mais presentes no mundo corporativo, é que consigam conciliar as funções de maneira equilibrada e sem prejudicar um lado ou o outro. Além disso, é indicado verificar como estas questões são tratadas pela empresa e buscar seguir o que costuma ser aplicado para não criar conflitos ou problemas futuros.
De acordo com Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online, existem organizações que já se preocupam com a aproximação entre pais e filhos, por isso adotam programas favoráveis. “Já existem casos em que são oferecidos descontos em creches ou escolinhas próximas ao trabalho, berçários dentro da empresa, horário flexível ou banco de horas para o acompanhamento dos filhos”, explica.
Outro fator importante, que deve ser levado em conta pelas profissionais com filhos, principalmente no caso dos pequenos, é a administração das tarefas e gestão do tempo para separar o momento de trabalhar e a hora de curtir a família e evitar preocupações. O grande erro que muitas pessoas cometem é o de misturar as situações, levando problemas pessoais para o serviço, e tarefas do serviço para casa,  grande parte das vezes apenas por falta de planejamento.
“O ideal é que as atividades sejam organizadas para serem executadas dentro do expediente e que ficar depois do horário ou levar serviço para casa seja para situações pontuais. Isso ajudará o profissional a saber priorizar, organizar e delegar suas atividades, além de possibilitar que tenha horas de descanso e lazer, auxiliando ainda mais em sua motivação e produtividade“, define Daniella.
Hoje em dia o que predomina é o perfil de mulheres que conciliam a carreira e a maternidade com sucesso  É claro que existem exceções, mas tratando-se da maioria, podemos dizer que o dilema de vida moderna e das dificuldades de tempo para cuidar dos filhos e do trabalho, é possível solucionar com organização. Seguem algumas dicas:
- Ter uma pessoa de confiança ou  um lugar seguro definido para cuidar da criança em sua ausência é ideal, pois assim o profissional trabalha tranquilo e não precisa sair da empresa por motivos que podem ser facilmente resolvidos;
- Organizar as suas atividades no trabalho e negociar prazos de acordo com as necessidades da empresa e chefe;
- Conciliar o tempo no trabalho e o tempo em casa. Evite excessos em ambos os lados, seja em saídas ou faltas no trabalho ou em extras e serões;
- Aproveitar o tempo no trabalho para realizar as suas atividades, focar totalmente. Assim como também, aproveitar o seu tempo em casa para as atividades em casa. Evite levar trabalho para casa ou problemas de casa para o trabalho;
- Existindo a possibilidade de agendar a necessidade de ausência (no caso de não ser algo grave), é indicado tentar conciliar com o trabalho, em um dia ou período mais tranquilo;
- Para os pais que ficam muito tempo fora de casa trabalhando, é importante aproveitar os momentos em casa para também dar atenção ao filho. Ou seja, aproveitar os poucos momentos juntos de maneira produtiva e compensar a possível falta que fez durante todo o dia;
- Em dias de folga, separar um momento para passear com o filho e aproveitar esse período, que é importante para a satisfação de ambos.


O que as mulheres esperam do mercado de trabalho


O mercado de trabalho é exigente e busca profissionais engajados e decisivos para os modelos de negócios, cada vez mais sedentos de uma mão de obra criativa que consiga atender as demandas de negócios complexas e apoiadas em altas metas. Apesar deste mercado exigente, os colaboradores estão tendo papel chave nas decisões e mostrando, de fato, o que esperam de suas empresas. Na terceira matéria da série Mulheres no Mercado de Trabalho vamos destacar o que as profissionais buscam na carreira.

Segundo a pesquisa “Empresa Ideal” da Sophia Mind, as mulheres almejam reconhecimento financeiro e qualidade de vida durante a carreira, além disso, 69% das mulheres não possuem preferência entre um chefe homem ou mulher, apesar das diferenças na gestão entre os gêneros. De uma forma geral, as mulheres são mais sensíveis, melhores nas relações pessoais e priorizam o trabalho em equipe. Outra visão das mulheres é que elas brigariam mais pelos direitos dos funcionários da empresa em que trabalha do que os homens, sendo que 66% mulheres acreditam nesta postura de gestão.
“Hoje, as mulheres sabem o que querem e buscam  realizar seus projetos profissionais. A mulher da atualidade planeja seu crescimento profissional, sua transição entre locais de trabalho para atingir seu objetivo. Assim, cada vez mais as mulheres estão a frente de cargos, pessoas e projetos onde a liderança feminina está sendo apontada como a oportunidade de transformação para velhas situações, ou seja, a esperança de que as mulheres façam as coisas mudarem para melhor”, explica Ramy Arany, Co-fundadora do Instituto KVT e KVT Desenvolvimento Empresarial , Terapeuta Comportamental Consciencial.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizou um especial para as mulheres, a forma com que elas estão inseridas no mercado de trabalho é um fator decisivo para os negócios. Na pesquisa, com exceção do trabalho doméstico e da ocupação como militar ou funcionário público estatutário, os homens eram maioria dentro da população ocupada nas diversas formas de inserção. Mesmo diante do predomínio masculino, constatou-se que as diferenças de inserção entre homens e mulheres foram reduzidas em 2011, com as mulheres aumentando sua participação em todas as formas de ocupação.
Em 2003, por exemplo, a proporção de homens com carteira assinada no setor privado era de 62,3%, enquanto a das mulheres era de 37,7% – uma diferença de 24,7 pontos percentuais. Em 2011, essas proporções foram de 59,6% e de 40,4%, fazendo com que essa diferença diminuísse para 19,1 pontos percentuais.



Valores e expectativas das mulheres

Para Marcela Quiroga, gerente de Vendas da Editora Toriba, o trabalho tem que ser realizado com amor e resultante de experiências diferenciadas de vida, como o valor familiar: “busco algo que me diferencie e me faça ser reconhecida como a ‘escritora de uma obra’. Tive a oportunidade de participar de uma coletiva de imprensa com quatro grandes jogadores de futebol do nosso passado e outros quatro grandes campeões mundiais de diferentes clubes na década de 60 e constatei que, se eles deixaram uma marca pessoal fabulosa e influencia a vida de inúmeras pessoas, eu posso deixar um legado positivo de valores, civilidade e humanidade pelo menos para minha filha, assim, me considerarei uma mulher fabulosa”.
As mulheres estão procurando consciência, equilíbrio e serenidade, os grandes desafios na vida profissional. “Consegui compreender a importância de cada área de nossas vidas, faz toda a diferença na hora de organizar a agenda e priorizar os compromissos”, explica Rebeca Toyama, diretora do Jardim do Ser, administradora de empresas, com especializações em comércio exterior, marketing ,psicologia e consultora DISC. Ainda segundo Rebeca, as mulheres buscam do mercado de trabalho, algo além do reconhecimento profissional, algo mais profundo, talvez ainda inconsciente para maioria.
“Algo relacionado a contribuir com a sociedade por meio de seus talentos, virtudes e forças. Que traga satisfação pessoal e seja feito com prazer”, são características que as mulheres buscam, resume.
Uma profissional consciente do que esperar de cada área de sua vida, é muito mais produtiva. Enquanto outra que ainda não tem essa maturidade, dedica-se demais a uma área ou outra, acaba demandando os benefícios de uma área na outra e vice-versa. “Com frequência observamos executivas esperando ser amadas por suas equipes ou gestores, como forma de compensar ausência desse tipo de relação na vida familiar, social ou afetiva”, explica Rebeca.



Ação e comportamento

Atualmente os homens estão muito mais abertos a assumirem a ausência de suas esposas ou companheiras, dividindo com elas a responsabilidade para com os filhos, o trabalho doméstico, compras, entre outros.
“A mulher que quer de fato fazer uma carreira precisa ser flexível, aberta, procurar sempre equilíbrio emocional e falar claramente de suas dificuldades e necessidades para conciliar com a carreira. Penso que os modelos tradicionais de família, casamento, filhos estão mudando, em decorrência disto, os valores precisam se adequar a um novo padrão”, relata Ramy.
De qualquer forma vale lembrar que a qualidade supera a quantidade, por isto, a mulher pode também conciliar carreira e família, colocando isto em prática, transformando o tempo em que tem condições para ficar com a família, em momentos especiais e prazerosos e, assim, se realizar.  “Acho que é necessário que a mulher faça um plano de conciliação de carreira e família. Ainda não vejo isto acontecendo de forma focada, nem as mulheres se preparando emocionalmente para superarem o desafio desta conciliação”, resume Ramy.


Liderança Feminina


A última década foi marcante para as mulheres no mercado de trabalho: elas dobraram sua participação em cargos de presidência, diretoria e gerência de empresas, e já ocupam quase metade dos postos de coordenação. Segundo levantamento da Catho, realizado com mais de 200 mil empresas, profissionais do sexo feminino representam 23,85% dos cargos mais elevados (presidentes e CEOs), sendo que eram apenas um pouco mais de 10% há 15 anos.

A educação pode ser uma das explicações das mulheres estarem conquistando o mercado de trabalho. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, mostrou que a escolaridade média das pessoas do sexo feminino em áreas urbanas é de 9,2 anos. Já a dos homens não passa de 8,2 anos de estudo. “Preconceitos existem e superamos com trabalho e preparo. Concluí meu mestrado com 23 anos e fiz um segundo, primeiro na área de Marketing e depois na administrativa. Hoje, estou tentando fechar meu doutorado”, relata Sheyla Rocha, diretora de negócios do Gad’Retail, empresa que oferece soluções de inteligência estratégica de varejo com foco na experiência de marca. Sheyla diz que preparo, foco e bagagem fazem a mulher decolar e superar qualquer barreira.
Outro fator de destaque é que as mulheres são promovidas mais rapidamente que os homens. Elas conquistam cargos mais elevados, em média, três anos antes. Qualificadas, elas estão hábeis para disputar postos de trabalho com os homens em condições de igualdade. “Noto que conforme a mulher demonstra a sua capacidade, desenvoltura e segurança profissional, ela vai realmente conquistando essa receptividade. Isso é notório, e pelas áreas que dou consultoria, percebo que ela ganha espaço pela credibilidade da sua competência”, observa Dilza Franchin, consultora e conselheira da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de São Paulo. Dilza acredita que existem áreas que são mais resistentes à entrada do sexo feminino. “Às vezes a mulher tem muito mais dificuldade, por estar possivelmente ocupando o lugar de um homem que está na mesma linha e nível na corporação”, completa.



Mulher multitarefas

Além de ganhar cada vez mais campo no universo corporativo, a mulher tem diversos outros compromissos na vida pessoal. A principal dificuldade que encontram hoje para assumir cargos de direção e gestão é a questão da conciliação da vida particular com a profissional.
Um dos grandes desafios é harmonizar toda a responsabilidade profissional com a família. “É dar conta da casa, da família e estar tudo a contento. Olho e está tudo caminhando bem com os filhos, no casamento e na casa. Dá uma satisfação muito grande, porque são muitos desafios”, opina Leda Blagevitch, diretora de novos negócios da Asyst International, multinacional brasileira de gestão e operação de Tecnologia da Informação. Sheyla Rocha reforça: “as pessoas pressupõe que a mulher tem que conciliar a vida pessoal com a profissional, e podemos fazer as duas coisas bem, não abrindo mão de uma coisa para outra”.
Os índices de contratação de mulheres para cargos mais elevados são para todos os portes e perfis de empresas, porém elas continuam recebendo salários inferiores aos dos homens, segundo o estudo da Catho. Atualmente, para cargos de gerência e diretoria, por exemplo, os homens ganham 11% a mais que as pessoas de sexo feminino.



Liderança feminina quebrando  paradigmas

Hoje em dia, vemos as mulheres em áreas estritamente masculinas como ciências biológicas, computação e engenharia, por exemplo. A consultora Dilza Franchin avalia: “a mulher é analítica, detalhista, organizada e tem uma visão mais abrangente das coisas, talvez pelas suas funções tão diferenciadas, de ocupar tantos papéis, sociais, profissionais e familiares”.
De acordo com Dilza, a mulher também tem uma sensibilidade diferente e um olhar de percepção um pouco mais aguçado. “A mulher sentiu o gosto da liderança e do poder de decisão. Estudamos tanto e seria um absurdo não usarmos toda a preparação que é feita. De fato, eu nunca me senti ou me portei como minoria, embora sempre tenha sido. Sempre entrei em salas onde 14 ou 15 cadeiras eram ocupadas por homens e eu, a única mulher. E é assim até hoje”, aponta Leda Blagevitch.
Uma das chaves para a manutenção e conquista desses cargos nas áreas de chefia é a capacidade que as mulheres têm de lidar com desafios e transformá-los em oportunidades. Abaixo, algumas características marcantes do profissionalismo feminino:
  • Conseguem entregar suas tarefas no prazo e ao mesmo tempo promover mudanças estratégicas;
  • Sabem vencer dificuldades e antecipar crises, mantendo as competências e mostrando-se preparada para lidar com o cenário adverso;
  • São mais flexíveis diante de novas ideias;
  • Estão dispostas em contribuir com sugestões;
  • Promovem a diversidade que traz diferentes perspectivas, e que podem resultar positivamente no desenvolvimento das atividades do grupo;
  • Organizações com mais mulheres na liderança tendem a registra um melhor desempenho.

“Conseguimos superar os paradigmas psicológicos e sócio-culturais e temos que usar em nosso favor tudo aquilo que a mulher tem de característica própria. Sensibilidade, percepção, análise mais detalhada e mais apurada, utilizo muito no meu dia a dia e faz a diferença”, diz Sheyla Rocha. Leda Blagevitch finaliza: “achar o equilíbrio é o grande divisor para qualidade de vida e para dar conta de saúde mental, física, financeira e familiar”.


Mulheres Empreendedoras – Série Mulheres no Mercado de Trabalho


Que as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho não é novidade para ninguém, porém, o que elas estão executando e desejando são questões para nossa primeira matéria da Série Mulheres no Mercado de Trabalho.

Segundo a pesquisa “Ambição Profissional”, da Sophia Mind (empresa voltada à pesquisas do mercado feminino), as mulheres planejam seus objetivos profissionais, sendo que o casamento e o nascimento de seus filhos não mudam os objetivos traçados. Apesar desta certeza, a falta de tempo é a maior queixa, pois a jornada dupla as impede de aproveitar o tempo com os filhos e marido.
As mulheres estão empreendendo e investindo em seus sonhos – o empreendedorismo é parte importante na vida feminina, já que, muitas mulheres optam por abrir seus negócios para conseguir conciliar família e carreira. A mulher não permite ser razoável em nenhum aspecto da vida, quer ser melhor profissional, esposa, mãe, filha e amiga. Segundo a pesquisa, 71% das profissionais não abririam mão de cuidar da saúde e 60% delas exigem momentos de prazer com a família.
Para tentar alinhar os dois vieses, carreira e família, muitas profissionais estão abrindo o próprio negócio, exercendo, assim, o que, de fato amam, conciliando o tempo necessário para cuidar dos filhos e da saúde.
Segundo Isabela Portela, Gerente de Inteligência de Mercado da empresa Sophia Mind, as mulheres priorizam os momentos com a família, assumem papéis como chefes do lar, mas não abrem mão de serem bem sucedidas em suas carreiras. “Aliás, o que vemos é que as mulheres querem ser as melhores em todos os segmentos das suas vidas e serem bem sucedidas na vida profissional e pessoal. Com isso, algumas delas desistem da carreira e partem para cargos públicos através de concurso ou abrem seu próprio negócio. O objetivo é o mesmo: dedicar mais tempo para a vida pessoal”, enfatiza Isabela.
O mundo corporativo delimita algumas ações, interfere diretamente no tempo dedicado à família e acaba por não atender aos anseios das mulheres, principalmente, daquelas que tem filhos. “Por conta disto e do ambiente hostil, elas buscam o empreendedorismo como uma opção interessante de continuarem as suas carreiras e ainda serem mães, obtendo maior flexibilidade”, explica Ana Lúcia Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora.

Como empreender?

É importante enfatizar que, uma mulher empreendedora irá trabalhar muito, porém, terá flexibilidade com horários e necessidades pessoais. Para que o negócio tenha sucesso é fundamental ter organização e planejamento financeiro. Para abrir mão da profissão atual, o investimento deve ser seguro e focado em resultados em longo prazo.
“Um plano de negócios ajuda, mas por si só não fará do negócio um sucesso imediato. O importante é entender o território em que pretende atuar, saber quem são seus clientes, investigar os concorrentes, buscar formas de se diferenciar  do mercado e, principalmente, buscar redes de apoio aos empreendedores, como Sebrae, Rede Mulher Empreendedora, Endeavor e investir em capacitação para ser empreendedora. O que é aprendido no mundo corporativo nem sempre pode ser usado no seu negócio”, explica Ana Lúcia.
Para Isabela Portela, o planejamento de carreira é realizado pelas mulheres e nem sempre ocorrem grandes mudanças em suas vidas pessoais, como casamento e nascimento de filhos, pois, o desafio é equilibrar com maestria todas essas funções. Ao abrir mão da carreira para empreender devem-se levar em conta todas as mudanças, como, liderar funcionários, estabelecimentos de novas parcerias e habilidade de negociação.
“Para uma mulher empreendedora, são muitos pontos positivos, convivo mais tempo com minhas filhas, meu negócio está em crescimento e já tive outras ideias de negócios que estão em desenvolvimento.  Empreender é prazeroso porque você pode construir algo com suas próprias decisões”, resumi Ana Lúcia Fontes.