"Sobre Mulheres"

Ser mulher é acreditar sempre. É... Seguir em frente quando todos param! Acariciar e dar colo! Dividir-se em muitas sem deixar de ser uma, a mais importante! A mulher acontece, encanta, muda, nasce, floresce, cuida, cria, sente, beija, escuta, vê, brinca, brinca e brinca com a vida... e vive!



Rita Levi-Montalcini

A mais idosa detentora de um prêmio Nobel, aos cem anos ainda trabalha em seu laboratório de pesquisas biomédicas e disse à imprensa que se sente mais inteligente hoje do que quando era estudante.

"Graças à plasticidade neural, o cérebro não envelhece como o corpo, desde que se mantenha em atividade. Ainda quando morrem neurônios, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, desde que estimulados por trabalho, curiosidade, paixões...



Rita Levi-Montalcini (Turim, 22 de Abril de 1909) é uma neurologista italiana.

Foi premiada com o Nobel da Medicina em 1986. É, desde 24 de junho de 1974, membro da Pontifícia Academia das Ciências e desde 2001 senadora vitalícia da República Italiana, nomeada diretamente pelo presidente Carlo Azeglio Ciampi.

A obstinada italiana adora uma investigação, seja nos livros policiais que lê, seja nos laboratórios onde persegue todas as pistas sobre o fator de crescimento das células nervosas.

A cientista diz, no livro Elogio da Imperfeição [Editora Nobel, São Paulo, 1991, tradução de Marcella Mortara & Valerio Mortara], que o nazismo e o fascismo apelaram ao cérebro “emocional” dos povos alemão e italiano, conduzindo-os sem apelar para a razão.

“A razão é filha da imperfeição dos seres humanos.
Nos invertebrados, tudo está programado: eles são perfeitos.
Já nos seres humanos, imperfeitos, o recurso à razão e à ética se tornou essencial, o mais alto grau de evolução darwiniana”.

Sobre sua recusa ao papel que a família esperava dela, lembra:
"Desde menina tive o empenho de estudar. Meu pai queria me casar bem, que fosse uma boa esposa, boa mãe. E eu não quis. Fui firme e confessei que queria estudar.
Meu estimulo foi também o exemplo do médico Albert Schweitzer, que estava na África para ajudar com a lepra. Desejava ajudar aos que sofrem, isso era meu grande sonho!”
Hoje Rita Levi Montalcini apóia projetos que ampliam a escolaridade das meninas em países africanos.


"Melhor acrescentar vida aos dias do que dias à vida".


- Meglio aggiungere vita ai giorni che non giorni alla vita.